Nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, se reuniu com um grupo de juízas federais, que trouxe dados sobre a representatividade feminina na magistratura nacional e propostas para melhorar a situação.
Segundo a juíza federal Clara da Mota Santos Pimenta, coordenadora da Comissão para Acompanhamento do Trabalho da Mulher no Poder Judiciário, atualmente há apenas 26% de mulheres na Justiça de 1º grau e 25% no 2º grau. “Existe Tribunal Regional Federal sem nenhuma mulher na composição. Esses dados demonstram a baixíssima representatividade feminina na magistratura nacional hoje”, disse.
A coordenadora apresentou também à presidente do STF números relativos à composição das bancas de concurso público para a magistratura. “Também há uma baixíssima representatividade feminina na porta de ingresso na magistratura, oportunidade em que são feitas algumas perguntas de cunho pessoal”, afirmou.
Baseado nesse panorama, as magistradas federais fizeram algumas propostas à ministra Cármen Lúcia, entre elas, a criação de uma representação das demandas das magistradas no âmbito do CNJ de forma permanente.
“Solicitamos ainda o apoio institucional do CNJ para pesquisar junto aos tribunais para entendermos como nossas percepções intuitivas se ligam às referências estatísticas sólidas, e sabermos que entraves visíveis e invisíveis as mulheres têm encontrado para sua ascensão na magistratura e por que chegamos a esses números se temos um número de inscritas quase paritário com os homens”, assinalou a juíza Clara da Mota Santos Pimenta.
RP / JR